Estou orgulhoso, sinceramente orgulhoso. Obrigado NEA.
Nestes momentos lembro-me dos dois versos iniciais de uma estrofe a meio da Tabacaria e desejo não vir a sentir tudo o resto que Álvaro de Campos descreve nessa mesma estrofe,
“Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.”
(em “Tabacaria” Álvaro de Campos)
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