Contracorrente (3)
Este risco azul que escorre contra a vontade branca que o cerca e o oprime, contorna-o de significados contra a corrente de vazios que atravessam todo o espaço.
Acto de contestar ou acto de apenas contestar?
Vou contra a corrente, grito para ti, como para ninguém, inútil, como esta tinta e estas palavras que sua consciência o têm.
Sinto-me inútil, como toda a minha vida, excepto, é claro, a minha infância em que tinha a sensação de viver e de querer ser alguém quando fosse grande. Isso foi há muito tempo, já nem me lembro do que queria ser e agora, que já sou velho – para os padrões de outrora – perdi-me do caminho. Onde está o pastor?
Ridículo, sim sou ridículo com estas palavras com quem tento ser grande na minha pequenez. Sim sou ridículo nesta retórica.
Que ridículo sou eu e tu que lês isto e te revês nisto!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário