2.02.2004

Como foi o teu fim de semana? – pergunto a mim próprio.
Bem… não me lembro de algumas coisas – nunca realmente se lembra de tudo não é?
Pois! Primeiro há esses gaps, existem algumas suspeitas confirmadas, histórias mirabolantes por contar, tal como alguns arrependimentos, mensagens no telemóvel – cada vez mais vazio de dinheiro – que não compreendo e suspeitas cómicas de uns quando estava a milhas de casa.
Alguém me acordou de um sonho agradável que rapidamente destruí com o medo e a chuva levou. Já não sei onde ele pára, mas uma chapada foi bem assente na bochecha de um qualquer, um mentiroso – rezam as lendas que assim foi, como disse, nem todos os pormenores penetraram a esfera da memória -, ele tentou desviar-se mas não havia hipóteses, entretanto, colado à minha pele, um remorso que transporto desde aí (mas não daí, não tem nada haver, foi aquilo que a chuva não conseguiu levar), devido à culpa, um fardo que não devo esquecer – alguém mo diz, acho que a memória.
Para terminar, não a culpa que sempre permanecerá lá, enfiei-me num jacuzzi impróprio para actividades físicas, adormeci e só acordei com um apito de termino do jogo. Dizem algumas pessoas que lá estiveram presentes que marquei um golo – volto a frisar que não me lembro de tudo, e que nem sempre é de confiança a memória, a dos outros.

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