2.13.2004

"Falamos na segunda pessoa do plural, porque assim nos é mais fácil, dói-nos menos do que dizer eu. Virámo-nos do avesso. O eu não sabemos muito bem onde está. Não nos importa sequer se nos lêem. Somos egoístas. Escrevemos porque sim e nem queremos saber da coerência. Somos filhos únicos e estamos sós. Este é lugar nenhum."
Poderia ter sido eu a escrever, mas não fui. Este lugar a que ele chama de nenhum esconde-se numa incerteza de lugar, que o é sempre onde quer que estejamos, creio eu.

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