Tal como diz a tradução portuguesa “vida moderna” (“Playtime” no inglês) o filme é sobre isso e sua caricatura. Uma caricatura sobre um admirável mundo novo supostamente todo é ordenadinho, perfeito, sem erros ou defeitos mas que na realidade não existe, por mais que se tente.
O filme começa com a estranheza que um tal de sr. Hulot presencia ao se deparar com uma suposta Paris ultra-moderna, com edifícios funcionais (apenas para as estranhas pessoas que lá vivem e trabalham), o exemplo do apogeu da técnica e da ciência. O sr. Hulot perde-se e não consegue realizar algo, algo que nunca se chega realmente a perceber o que era durante todo o filme (parece que apenas anda na tela para nos divertir). A parte final do filme termina com a caricatura da abertura de um novo restaurante onde nada está ainda pronto mas que devido a estar localizado no admirável mundo novo tem que estar aberto no dia previsto. Como se prevê, nada sai bem mas as personagens aparentam felicidade nesse caos que Tati constrói ao som de um jazz viciante e hipnótico.
Na verdade o admiravel mundo novo é um mero brinquedo nas mãos de Jacques Tati.
Sem comentários:
Enviar um comentário