5.05.2004

Na imensidão que medeia o tempo inexistente, espero sentado à espera na janela enquanto as nuvens passam e a chuva não vem.
Onde está ela?
Alguns não podem comparecer, a falta era esperada, mas ela não.
O tempo permanece alheio a ela, o meu não, mas o que é que isso interessa? Sento-me no parapeito, olho lá para fora, levanto-me para ir buscar uma camisola que o vento traz tempo frio e alheio-me dele, do tempo.
Onde está ela?
Penso que não tarda nada, se calhar é melhor tirar a roupa da corda! Não me mexo e deixo-me ali ficar à espera que ela venha, ela vem sempre. Assim espero, que as ruas necessitam de uma limpeza de espirito, o meu, aquele que as vê, as ruas imundas, quando ela tarda em aparecer.

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