As bolhas do candeeiro repousam no fundo de um recipiente em forma de foguete, em sintonia com o corpo (ausente) que descansa na cama iluminada por raios de luzes concentrados que atingem a brancura de uma almofada (onde devia estar presente uma cabeça) e a água que preenche o resto do quadro e meio copo.
O corpo cansado pega no copo e leva-o à boca. Quando tenta engolir um gole deparasse com uma mais que seca mucosa oral. Desiste do acto e nada bebe. Pousa o copo no mesmo sítio e volta para a posição em que se encontrava e volta a adormecer.
1 comentário:
Estou maravilhado:)
E enquanto Vénus ministrava o impulso
Que em mim puro contradisse num pranto
Que limpou folhas eternas de avulsos
Poemas que eu habitei e agora canto.
Porque o adágio expirou o soluço
E a conveniência de antigo manto,
E me jorrou no quase enfarte imenso,
De que tal resgate vale o que penso.
albertovelasquez.blogspot.com
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