1.18.2005

Conversa de entre dois adolescentes no metro:
“Sabes o que é que eu fazia a todos os Ucranianos, Chinocas, Russos e outros da sua laia? Mandava-os todos para o caralhinho.”
“Pois.” Anuiu o outro.
“Vêm para cá, trabalham por uma ninharia e tiram-nos os empregos. Aí daquele que se atreva a roubar-me o trabalho. Ia-lhe ao focinho…”

A memória dos emigrantes é curta. Para quem já foi, e continua a ser mas em menor numero, um povo de emigrantes, a hipocrisia é uma palavra demasiado mole para definir este esquecimento temporal.
A culpa nunca é do patrão que contrata pessoas e as explorar com salários injustos, tal como na traição a culpa não é do cônjuge que pratica o acto mas da pessoa de fora (el@) que “provocam” a situação. Essa pessoa é que deve ser punida, tal como o imigrante.
A memória de galinha num povo cada vez mais repleto de bestas.

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