10.09.2005

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Dia de descanso, voto, comprar o jornal e o do dia anterior que não tinha sido adquirido por descuido, por isso dia de leitura, de conversas banais com transeuntes, café fora de casa, tirar as ultimas marcas do verão do alpendre, pois já apanham a chuva que penetra até aos seus ossos, os corrói e os destrói.

Dia de repor escrita esquecida no tempo de pequenos cadernos, feitos para mãos pequenas e canetas minúsculas. A letra, por estranho que pareça, aparece do tamanho normal e com uma caligrafia mais que perfeita. Apanham um pouco de água, que a esborrata mas nada de importante é perdido, ganhasse um pouco de tinta na mão, como recordação.

E o tempo passa ao compasso de uma luz cada vez mais amarelada, tal como os velhos livros esquecidos no sotão de uma também antiga casa. Lá no meio encontrei estas palavras perdidas pelo tempo, já um pouco inclinadas pelo peso da idade, numa língua latina que não a nossa e proveniente de uma mão desconhecida. Restou esta memória ou este objecto de memória, pouco antes de terem alimentado mais um fogo que aquece algumas almas numa gélida noite de inverno, esperando para que o sol de Verão volte.

1 comentário:

Ricardo Mariano disse...

sim... imagens e conteúdos. Tudo do Ricardo.

1 abraço