Várias lentes, várias penas, várias realidades paralelas que correm ao mesmo tempo. Numa morresse, na outra continuasse vivo, a água não os atingi e os outros fogem dela ou são expulsos por pessoas de preto, com penas nos chapéus, de anjos que voavam em bandos mas deslumbrados pelo mundo dos mortais deixaram-se apanhar por dardos vindo de homens munidos de espingardas.
Quando acordaram já não voavam, como Icarus até ao sol, apenas conseguiam estar estatelados no chão a observar os seus companheiros e as pessoas a irem embora. já ninguém quer saber destas asas caídas. Os anjos como as pessoas sofrem, são desacreditados, crescem e morrem quando não têm asas. As cicatrizes não desaparecem e ficam para sempre com eles nas suas costas e almas.
O homem das lentes tem as mãos de ferro e não consegue sentir a delicadeza que um anjo transporta…nas suas penas.
De um filme que não era suposto ser visto, algo que surpreendeu surgiu, e dele nasceu este pedaço de texto que relata o bizarro mundo deste filme, com o também estranho nome de “Northfork”, uma cidade que está prestes a desaparecer para dar lugar a um grande lago, onde pessoas iram navegar e peixes irão viver, nas casas onde outrora eram de pessoas…. No meio surgirá uma casa construída em cima de um casco, como a arca de Noé… mas apenas com animais empalhados.
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