... o sol calava-se, na mesma posição da minha terra natal, mas o mar era diferente, bem mais pacifico, com outro modo de falar. Sussurrava-me num castelhano raro mas que encantava que nem uma serpente sob o feitiço do tocador de flauta. Eu fiquei ali, encantado até que o sol se calasse e apenas escuta-se o passar dos carros naquela infinita marginal que ligava La Serena a Coquimbo. Ainda não sabia o que iria jantar, talvez um peixe ou um marisco. Mas antes disso tinha que me banhar naquele mar, ter a certeza que um mar calmo como aquele existe, só do outro lado do mundo, onde falam numa linguagem diferente da minha terra mas que há símbolos que nunca mudam, tal como a cruz com Cristo crucificado. Lá estava ele imponente, do outro lado da baía, sozinho, como quase sempre está representado mas seguro que também saboreava estes momentos....
12.16.2008
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